Com toda a licença poética
que nos
permite largar o real
e abeirar-se
do surrealismo,
eu sou a
verdade que não é.
Sou canto das
coisas que são,
a individualidade
múltipla
em território
em que o místico
explora esse ar de mistério
Sou nuvem de
outra viagem
chuva que antecipa
a colheita
E o que da
semente resulta.
Sou nó cego,
que não se desfaz
diante dos
que apregoam tudo
e vêem que o
resultado é nada.