Do lado de lá, desse rio dos mortos,
o Aqueronte,
nos aguarda nessa praia, uma surpresa.
Outra fonte
a mostrar que há vida em muitos portos,
horizonte
de luz a transfigurar beleza.
Há rostos comuns, alguns familiares
de identidade,
a recomporem o hino que a vida entoa
pater-maternidade.
Expressões do ontem que nos altares
da saudade
compouseram os dias de Pessoa.
Mais do que tudo isso, na versao grega
do Estige
o rio das mortes é composto de mentes vivas
que exige
de cada um que o atravessa, usar bom senso
Pois é a volta pra casa que de novo agrega
Caronte
e nos põe uma vez seguinte com expectativas
de um horizonte
onde somos imortais, como hoje eu penso