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sexta-feira, 31 de outubro de 2025

AS DORES DOS VELHOS ERROS

 

A ampulheta do tempo não se atrasa, nem para.

Vira. Revira. Remexe o que é história e o que é lenda

Que só nos refolhos da alma, a gente lê e compara

O que era de paz e bem e o que só era contenda.

 

Ultrajante era meu porte. Com uma legião tão cara

Obediente ao meu mando, ela seguia a minha senda

De renegado de um reino, que eu mesmo abjurara

Tracei o terror na Trácia, e pus Roma em minha agenda

 

Era Alarico II, o mais temível, o destruidor maldito

Que nem as sombras de outro reino me serviram

De aprendizado num ambiente infernal e hostil.

 

Renasci em um corpo em chagas, para cumprir o rito

Da lei, e com as dores que eu fiz as dores me atingiram

E eu vim resgatar o erro, com acerto de contas no Brasil.