Nunca fui
tão rico, pensando ser tão pobre;
enquanto vivia
aí, em dias sacrificados.
A troco de
suor pra ganhar poucos cruzados
Vivendo a
ilusão de que eu vivia como nobre
Dos versos
que eu fazia lucrava eu o cobre,
que se para
muitos era dobrões mirrados,
pagava uma boa
xepa e pelo que me recobre
sobrava um
troco bom para alguns pingados.
Hoje, vivo
de memórias, estas que me puxam
para os
tempos de menino-moço de amizades
que me
marcaram muito como a maior riqueza
Celebro esses
momentos que desembucham
em consequências
plenas de saudades
e fazem lembrar
que nunca conheci pobreza.