Um luar claro na rua por onde circulo quase sempre nos meus sonhos. Não sei onde ela está, mas a conheço tão logo largo meu corpo e volatizo pelo lado de toda essa imaterialidade.
Hoje foi o dia em que cruzei a rua calçada, toda ela, de paralepípedos bem construídos. Na calçada pelo lado direito deslizo. Próximo à esquina, um carro estacionado. Ao passar por ele, noto a presença do professor Gilmar de Carvalho. Ele conversa com outra pessoa que não me recordo a identidade.
Quando chego à esquina, uma pilha de andaimes impede a minha circulação. Nem por isso me intranquilizo. Aciono a mente e ultrapasso as tábuas de forma interessante.
É quando ouço o comentário de Gilmar: esse menino acaba se ferindo nesses voos noturnos dele. Enquanto vou acordando, sinto que rio por saber que enfrentei mais um desafio. E acordo sorrindo.