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terça-feira, 2 de junho de 2009

Um avião cai e nos deixa ainda mais interpelativos do que somos


Não há como conter a emoção diante da confirmação de que os destroços encontrados pela FAB são do avião da Air France, vitimado por uma tragédia na rota Rio-Paris.

A informação só reforça a certeza de que a esperança - nesse como em outros casos semelhantes - conseguiu passar a perna no velho refrão. De que é a última que morre. E morreu, quando não se pensava.

Esperança de se achar as respostas positivas nas quais parentes e amigos dos passageiros e tripulantes ainda se firmavam. O céu das hipóteses não deixou chover nesse terreno. E da espera, o desespero.

Nem o resultado das orações significadas por milhares de pessoas no mundo inteiro, foram suficiente para sustentar o sonho de que tudo isso não se configurasse emj pesadelo.

Ao mesmo tempo em que no Brasil, pilotos que trabalham na operação de busca, trocavam informação de que os destroços pertenciam ao avião sinistrado – informação captada por um radioamador de Fernando de Noronha e transmitida a uma emissora de TV paulista -, lá na França, os políticos em assembléia faziam um minuto de silêncio pelos mortos do desastre.

Nessas ocasiões, tento saltar o despenhadeiro de minhas interpelações transcendentais e encontrar o eco das respostas que, provavelmente, nunca saberei. Minha pergunta agora é: a quem pertencia a essência de cada um daqueles seres para se unirem a esse destino fatal?

Tolice, dirão alguns, indagar o além quando não se há respostas. Porém, deixem que eu (in)tranquilize comigo mesmo, interpelando ao Deus de minha crença sobre essas questões que, vez por outra, surgem em nosso caminho e que nos deixam ainda mais interrrogativos do que somos.