Quando através do sono nos libertamos temporariamente do escafandro corporal, volitamos por entre a dimensão do eu mais puro e visualizamos cenas que, geralmente, só os sonhos conseguem externar. É do substrato desses sonhos - e da criação poética - que se constitui este diário, revelando a incrível magia da dimensão da espiritualidade.
Arquivo do blog
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Aprendizado da própria razão de ser
E eis que nada é por acaso. Acabo de acordar de um descanso pós-almoço, durante o qual sonhei - ou estive desprendido - circulando por uma região onde as pessoas têm uma enorme crença no poder da fé.
Salto da cama e vou até o quarto onde meu pai está sendo cuidado pela enfermeira Apoliana (é esse mesmo o nome dela, muito embora eu a chame Apolônia). Tento contatar com ele que tem dificuldades de fala. A doença o pôs há dois meses em cima de uma cama. São as mãos de ajuda das enfermeiras e de minha irmã Vera que o auxiliam a sobreviver. Aguarda o tempo de ser, costumo dizer a mim mesmo.
Pergunto-lhe se tudo está bem. Ele confirma com a cabeça. Se tem alguma dor. Ele nega. Digo para ter paciência, enquanto transmito-lhe uma efusão de energia que a minha fé diz ser auxílio importante. A enfermeira me olha com certa estranheza. Pergunto a ele se tem rezado nesse meio tempo. E o conduzo na oração que ele repete silenciosamente.
Tenho uma enorme crença de que essa troca de energia é benéfica. Hoje, no estúdio da televisão, enquanto fazia o programa e a auxiliar de estúdio Juliana revelava-se cansada, abatida e eu lhe dei um passe, ela me disse logo depois ter melhorado e me agradeceu.
Felicito à Vida por ter me dado essas noções que eu sei e descubro a cada dia da existência, como forma de aprendizado da própria razão de ser.