Se eu fosse rico, dizia o cidadão de meia idade,
Eu saberia exatamente o que fazer da riqueza.
Daria metade para ajudar a essa pobreza
E a outra metade me bastaria à felicidade.
Eu saberia exatamente o que fazer da riqueza.
Daria metade para ajudar a essa pobreza
E a outra metade me bastaria à felicidade.
Se eu fosse rico, falava ainda com mais alarde,
Não deixaria mesmo ninguém morrer de fome
daria abrigo e pão aos sem teto e aos sem nome
faria felizes a todos, antes que fosse tarde.
Não deixaria mesmo ninguém morrer de fome
daria abrigo e pão aos sem teto e aos sem nome
faria felizes a todos, antes que fosse tarde.
Nisso, no meio da conversa, chega o carteiro,
entrega-lhe uma carta, que ele lê por inteiro.
E era carta de cobrança, dívida medonha.
entrega-lhe uma carta, que ele lê por inteiro.
E era carta de cobrança, dívida medonha.
O amigo que lhe ouvia atentamente a tudo
Diz-lhe, "compadre, seja pobre, mas contudo,
vá pagar suas contas e só depois ‘cê’ sonha".
Diz-lhe, "compadre, seja pobre, mas contudo,
vá pagar suas contas e só depois ‘cê’ sonha".
(Nonato Albuquerque)