a amiga, de quem
tantas lembranças tenho,
sumiu do mapa,
entrou num rabo de foguete.
Convidado pela família
fui à missa do dia sete
e chorei as dores
pelas quais me empenho
quatro anos depois,
eis que me detenho
a ouvir de um desconhecido
esse lembrete
“sua amiga X está aqui
e voz em falsete
diz continuar igual
ao seu velho desenho".
"É uma senhora assim,
bonita e coisa e tal",
que nunca vira antes
na vida coisa igual
e diz-me que ao vê-la
sentiu enorme arrepio
Era ela sim,
de volta à convivência
a provar para mim
e não para a Ciência
que a morte não tem fim
e nisso eu mais confio.