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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

PERDÃO PELA DÚVIDA DA ETERNA VIDA

O coração à ponto de saltar da boca 
angustiante emoção me assalta a mente.
Eis-me do lado de quem inda se ressente 
da dor da perda, que não foi tão pouca. 

O olhar etéreo somando-se ao espasmo 
que, de repente, tomou-me dessa vida
me faz lembrar o instante da partida 
em que senti todo esse marasmo. 

Eu que não fui, nem sou de nomes tantos, 
para saudade deixar entre os amigos 
ressentido, aos que devo, hoje confesso 

o outro lado a que cheguei com espantos
me deu afetos, como me deu abrigos 
que eu pus em dúvida, perdão por isso eu peço.

NOTA: versos da Quinta Mediúnica (3.11.2018) depois de lembrar da ausência de um amigo Vander Sílvio, desencarnado.