Fala-se muito da violência da cidade e, nela, inclui-se quase sempre perfis de pessoas com algum tipo de agressividade. Jovens tomado pelas drogas, arruaceiros de fim-de-semana, bêbados ao volante, indivíduos com antecedentes criminais – um misto de gente sem caráter com nenhuma dose de confiança. Mas a violência tem outros rostos.
O do marido ou namorado que destrata a pessoa amada, com palavras e violência física, é tão ou mais irresponsável quanto aquele famigerado que agride pessoas para tirar-lhes um celular.
O jovem torcedor de futebol que atrai para si o ódio do adversário – só porque torce outro time – propõe, com sua atitude, um potencial de agressividade a somar violência no fim das contas.
Quem usa as redes sociais para destilar raiva contra oponentes, só porque têm pensamentos divergentes do seu, nada mais é que um estimulador da miséria que acelera os números da violência.
Nem sempre, o bandido contumaz, o assassino deliberado e o desgraçado malfeitor são isoladamente os fomentadores da violência. No ambiente doméstico, o vírus desse mal está inserido na relação dos membros da família.
No trânsito caótico há sempre alguém significando risco enquanto se desloca no seu veículo. E até naquele que destrata o seu semelhante, por se achar melhor do que ele, todos são parte desse câncer chamado violência. E que só a Educação do EU, detém a melhor forma de medicação para o seu melhor combate.