Sonhei hoje entrevistado dois nomes famosos das letras no Ceará. Permitam-me não revelar as identidades para preservaro que, imagino, tenha sido fruto desse encontro onírico. Ao acordar, o primeiro pensamento foi para um deles que, insistentemente, tomava meus pensamentos. E, depois do café da manhã, sentei-me aqui no computador e rabisquei esses versos que, inspirados, imagino sejam alexandrinos,
MOSAICOS
ALEXANDRINOS
A lira do
poeta antigo, abandonada fora
Por conta de
arroubos que não vem ao caso
Motivos singulares
que eu já vivi outrora
Mas que ao
destino meu só a mim embaso
Quem apenas
se ocupa com o aqui e agora
Não vive as
razões dos doutos do parnaso
De comparar fazer
versos como quem labora
Um ofício
qualquer, sem litígio a dar aso.
Foi preciso a
morte, mostrar essa clareza,
a quem se
acha senhor de si nessa filáucia,
a realidade do
ser é o que a vida ensina
os ouropéis da
fama, não contam com certeza
a verdade mostra ao ser que toda audácia
de orgulho, basta
a morte vir e ela termina.