Fujão
na mata, o escravo então liberto
Sente a necessidade de ausentar-se
e
de coragem poder assim armar-se
para
mostrar a outros, o rumo certo
vaga sem destino, por caminho incerto
medo
de no encalço, vir a deparar-se
com
capitão do mato para entregar-se
e
voltar à senzala, fosse ele descoberto
um
estampido se ouve, vindo em sua banda
o
escravo cai e com enorme estranheza
se
vê fora do corpo em uma outra forma.
Ao
seu redor irmãos da antiga Luanda
A
provarem a lei pétrea de toda Natureza
De
que nada se perde, tudo se transforma.