O rio, ao confundir-se com o imenso mar,
questionou consigo já não ser mais rio.
- É esse o destino que sempre nos levará
a tal da correnteza nesse desafio?
O mar rugiu mais forte com seu ar bravio
“Tudo o que era antes nunca mais será”.
A tese panteísta beirou o seu vazio
embora noutras águas viesse ele dar.
E em meio à dicotômica tortura
O rio avaliou ser isso lídima traição
que o rei Netuno impôs à toda criatura
que não rezasse em sua cartilha não.
O rio então desejou renascer rio
Pra estar perene em qualquer estação.