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sábado, 10 de dezembro de 2022

DICOTÔMICA TORTURA

 

O rio, ao confundir-se com o imenso mar,

questionou consigo já não ser mais rio.

- É esse o destino que sempre nos levará

a tal da correnteza nesse desafio?

 

O mar rugiu mais forte com seu ar bravio

“Tudo o que era antes nunca mais será”.

A tese panteísta beirou o seu vazio 

embora noutras águas viesse ele dar.

 

E em meio à dicotômica tortura

O rio avaliou ser isso lídima traição

que o rei Netuno impôs à toda criatura


que não rezasse em sua cartilha não.

O rio então desejou renascer rio  

Pra estar perene em qualquer estação.