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sábado, 24 de novembro de 2018

ESSA DOR CHAMADA SAUDADE

Tela de Rogério Souza


Uma pesada mão sustém a pena 
por onde se unem os dois estágios.
Nela as impressões mais vivas de minha alma 
são tecidas com encanto e cerimônia.
Sou dos ventos que não sopram,
Das enseadas desertas,
Dos círculos que as nuvens formam
nas estradas do infinito. 
Não tenho mais nada comigo, 
além de memórias ultrapassadas, 
Cachoeiras de desencantos.
Tudo movido à dança dessa escrita,
que a caneta executa para dizer 
aos senhores do recinto
que nada tenho de mim para ser dito
Por isso deixo escrito 
apenas essa dor chamada saudade.

23/11/2018 -