as gretas armadas no chão de marcas
é o mar de secura do sertão
fome de chuva, só sobrando lágrimas
nos olhos sangrados
peito cidadão
o chão do Nordeste é um desenho só
das linhas das palmas
das mãos calejadas
em dias de sol, pra semear o nada
morte escancarada
no ano que está nascendo de novo
um só pedido, um só clamor
desse povo:
que chova meu Padim Ciço,
que inunde a sede dessa fome
nas bocas abertas dos rios e barragens.
E, amanhã,
quando houver de contar
todos os resultados
da semente a espiga, da espiga o milho
no alimento nosso
que melhor coisa boa, não tem nesses lados.
é o mar de secura do sertão
fome de chuva, só sobrando lágrimas
nos olhos sangrados
peito cidadão
o chão do Nordeste é um desenho só
das linhas das palmas
das mãos calejadas
em dias de sol, pra semear o nada
morte escancarada
no ano que está nascendo de novo
um só pedido, um só clamor
desse povo:
que chova meu Padim Ciço,
que inunde a sede dessa fome
nas bocas abertas dos rios e barragens.
E, amanhã,
quando houver de contar
todos os resultados
da semente a espiga, da espiga o milho
no alimento nosso
que melhor coisa boa, não tem nesses lados.