Coração de mãe
Por Nonato Albuquerque em ARTIGO
10 de Maio de 2019
Diante do instinto de maldade a que se propõem alguns indivíduos, quem é capaz de deter todo esse ímpeto violento e de serenar o ânimo desses celerados? Se você respondeu “o coração de mãe”, pode crer, isso é a pura verdade.
Deve-se a essa figura feminina o poder de transformar criaturas violentas em seres de melhor comportamento. De alterar a fúria dos inconsequentes e dominar o mais frio assassino em ser domável. Uma mãe é capaz de verter lágrimas de um filho que não demonstra o menor sentimento de piedade e consideração na vida.
Quem tem a oportunidade de ir a um presídio nos dias em que mães visitam seus filhos, presos sob acusação dos crimes mais horrendos, há de conferir como esses malfeitores se rendem à presença da mulher que os gerou.
É que a docilidade de mãe retempera os corações chagados pelo veneno do mal. Ela é capaz de deter o impulso agressivo de um filho e, basta a citação do seu nome, para qualquer um resgatar do seu íntimo o respeito à grandeza dessa mulher.
Se quando fosse cometer qualquer ato errado, um filho lembrasse do quanto sua mãe sofreu para criá-lo; do quanto tempo levou para ensiná-lo o caminho certo – nenhum filho, por mais inclemente e impiedoso que seja, evitaria levantar até mesmo a voz contra quem quer que fosse.
O dia das mães existe, também, para sacramentar na mente desses infelizes, o quanto eles perderam por fazer sofrer o coração de quem não os abandona, nem mesmo diante do infortúnio que eles atualmente convivem.