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segunda-feira, 24 de junho de 2019

Versos azuis

O verso da manhã que eu não compus
está escrito no olhar de quem se ousou ser.

O som da canção que não ouvi,
ecoa na imensidão do mar que existe em mim
e que ouvido nenhum ouvirá.

Eu vi a luz de que falam os místicos,
bebi do néctar no qual se embriagam aqueles que são invisíveis.

Hoje, sou um deles,  amargando a saudade que dizia ser azul.
Carne por fora;  espinho por dentro.

Caio do Afetuoso Afeto
Junho,  2017