Eu sou do tempo em que o tempo nem era
Vivia-se uma era, mas sem tal conotação.
Vim das cavernas ao topo da extrastosfera
Quisera eu provar toda essa locomoção
Vivi o paleolítico, o neolítico e se me dera
a esfera da mente ter da memória, noção
Diria que passei fases feito homem fera
Em tempo longevo de outra encarnação.
Roubei, matei, esfolei vidas, morri tantas
Pelo guante tirano que eu mesmo herdei
Até cobrar em mim, a dívida atrasada
Vivendo e aprendendo eu soube quantas
vezes foi preciso ir de vagabundo a rei
A ser samaritano em minha nova estrada.