Arquivo do blog

sábado, 21 de novembro de 2020

O FEITO

 

Na lápide dos fantasmagóricos sonhos

que eu tive, atinei uma inscrição insana;

ajuizando fossem meus dias medonhos

quando a morte me flagrasse na aduana

 

Teria inscrito: “estou despido”. E à paisana

adentrei o mundo de ares tão bisonhos

onde nada lembra a cultura greco-romana

De ser o astral, o lugar de anjos e demônios

 

Ao contrário disso, achei floridos jardins.  

centros de convivência, áreas de repouso,

onde almas descansam da faina e da fadiga.

 

Se como dizem os meios justificam os fins

eu deva ter feito algo bom, lembrar não ouso,

Pra alma ocupar o lugar onde hoje se abriga.