Nos acidentes fatais, onde assoma uma tragédia
Operam as forças de ajuda da engenharia divina
transmitem a endividados da crua idade média
o consolo imperioso, ante o que a dor determina.
Almas em desespero, situadas na intermédia
do físico e não físico como reza essa doutrina
sabem que tudo isso tem a ver com a mítica rédea
Do que a celeste Justiça a todos dissemina.
Quem faz o que não deve, arca consequência
Pois nada na vida deixa de ter sua providência
Na cobrança de equívocos de vidas lá do pretérito
A vida só cobra a dívida, de quem dívida ainda deve
e por mais que não pareça, ainda assim ela é leve
pune o mau por sua culpa e exalta o bom por seu mérito.