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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

A CANA E AS PEDRAS

 


ó ilusão vã, pensar-se pobre, abandonado,
quando o corpo da matéria guarda uma preciosa joia
incrustada pela divina essência
no âmago do ser animal que ainda somos.
só as mentes distraídas é que não se conhecem
nem sabem que, a despeito de todos os problemas nossos,
carregamos um fardo que, apesar do peso,
há de se transformar em leve jugo ainda.
Tome como exemplo, a aspereza da cana
que, aparentemente, sugere essa certeza.
Extraído o sumo, porém, suave e doce se revela.
As aparências, portanto, quase sempre enganam,
assim como as pedras que servem de tropeço.
Elas nos alertam para o objetivo do caminho.