A lembrança que de ti eu tenho, aqui agora
É de um
providencial sonho que vivi um dia
Tu, em meio às
loucuras, que fazias outrora
Um menino
traquino era o que me parecia
Andavas alegre,
de fala ruidosa, embora
Aqui e ali deixasse ver a impressão de ironia
Como se o
que quisesse transmitir por fora
Não era o mesmo
afã que o interior sentia.
Vai, diz-me
o que mais desejas que eu diga
A quem
perguntar por ti, agora morta
Mas que
rondas o sonho de além mundo
Viver eu sei
que tu vives, porém amiga
Um segredo carregas, e se me conforta
conta me o que eu presseni por um segundo.