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sábado, 27 de setembro de 2025

TEXTOS MEUS. A MONTANHA DO SERMÃO

A montanha do sermão

2 min readJust now

Nonato Albuquerque

Na manhã ambientada de luz e de suave brisa aromática, o mestre reuniu-se outra vez a seus discípulos, depois de um dia em que explicara à multidão sobre as primícias do reino.

Falara-lhes das bem-aventuranças e dos designos de Deus para a enorme multidão que sofregava experiência na colônia terrena. Dissera-lhe do amor do pai divino em relação à justiça para com seus filhos. Admoestara-os a servir ao bem e a entesourar as riquezas morais como único apanágio para se acercarem das claridades vindouras.

Discípulos haviam, contudo, que não conseguiram captar em toda a sua extensão a diáfana mensagem do alto, principalmente nas referências sobre os herdeiros da vida futura.

Compreensivo, o mestre acercou-se do grupo e juntando à palavra, o carinhoso gesto de quem explica, teceu comentários sobre o Sermão da Montanha.

A montanha, na verdade, é o caminho ascensional por onde todos nós trilhamos a jornada vivencial na escola da Terra. O disciplinamento e a prática constante do bem, configuram-se como extratos maiores para o saldo de nossas bonificações.

Jesus, a entidade santa que visitava pessoalmente a escola de refazimento e progresso, confidenciou aos disciípulos que, no planeta, a humanidade estava dividida entre os seres aflitos que voltam do ontem para sequenciar o aprendizado na carne, passando pelos pobres de espírito e os que buscam o aprimoramento no saber espiritual.

Os primeiros, carregavam cruzes dolorosas repatriando o passado de outras fronteiras. Choram dores físicas e morais, sentem fome e sede de justiça e se descobrem necessitados da matéria. “Felizes os que sabem ultrapassar essa fase e atingir o degrau dos pobres de espírito. Uma vida melhor irá consolá-los”, asseverou o mestre.

- Mas como justificar de “bem aventurados, os que são pobres de espírito” -, interrogou um dos presentes.

Em verdade vos digo, felizes os que mendigam as verdades do Espírito’, acentuou o mestre, considerando primordial a ação daqueles seres que já superaram a vaidade e o orgulho e buscam as coisas do alto em detrimento das riquezas materiais. “Deles é a certeza do reinado do Bem na Terra”, complementou.

O mestre lembrou, também, a escala de aprimoramento dos que já ultrapassaram a fase da dor e da busca de sua fé, e reconciliam suas atitudes através da pureza do coração. “São almas assemelhadas a crianças e elas, certamente, verão a Deus em toda a sua luminescência”, comparou.

Cristo continuou a mostrar os graduados seguintes da escola terrena. “Os que formam os grupos dos mansos e pacíficos, voltarão à Terra e habitarão na era de transformação do planeta”.

Num grau ainda mais evoluído, Jesus apontou para os seres que já ultrapassaram todas as distenções e barreiras impeditivas do avanço moral. “Eles acrescentaram aos valores da mansuetude e pacificidade, o glorioso lema da misericórdia. Felizes, porque eles alcançarão esse alvo comum”.

Diante do exposto, os discípulos sentiram a compreensão das etapas de cada um dos que vivenciam na Terra, a experiência vida. E, individualmente, puseram-se a imaginar em que grau de aprimoramento e progresso cada um deles se encontrava exatamente.

Nonato Albuquerque, jornalista

blog UM BANGALÔ NAS NUVENS

https://umbangalonasnuvens.blogspot.com/

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

TBT. De um artigo nosso publicado no site "Medium"


PARA LER AQUI 

LEITURAS Life continues in planes that make us call it death.

 Life continues in planes that make us call it death.

Nonato Albuquerque




In times of discomfort and homelessness,

the humble hand that extends helps;

the serene gaze that pities is a friend,

and the voice of love is not content to be silent.

The fear that within us confronts danger

surrenders to courage and with it grows stronger.

It is the intimate strength that generates bread from wheat

and the peaceful magic of a verse by Neruda.

Who else could contradict the argument

where the expression Love reveals itself naked

and unveils mysteries like someone who tells fortunes?

If for every soul, Life is nourishment,

it must be said that it, whole, continues

In planes that make us call it death.


quarta-feira, 27 de agosto de 2025

VIDAS MÚLTIPLAS - O CONTO DA LÂMPADA QUEIMADA

 VIDAS MÚLTIPLAS - o conto da lâmpada queimada


No tempo em que os bichos e as coisas falavam, duas lâmpadas tiveram um choque de idéias. Uma dizia que uma outra lâmpada da sala havia sucumbido.
- Ela apagou-se! - dizia uma
- Não, ela parece apenas ter cochilado - dizia outra desconfiada.
- Pois eu acho que ela se queimou.
- Queimou nada, mor-reu!
- Pois sempre ouví dizer que toda luz que se apaga, um dia volta a acender de novo.
- Conversa besta, quem morre, nunca mais vive
Ficaram nessa discussão toda que entrou noite à dentro, até que um velho lampião de gás, desses antigos que guardam sabedoria e experiência, reivindicou a palavra e acendeu sua luz sobre o assunto.
- Calma, minhas irmãs.
Nem tudo que reluz é ouro, já dizia o antigo ditado. Mas nem tudo que deixa de ser, quer dizer que acabou. A luz não morre. O corpo de vidro pode quebrar, acabar; mas a energia é contínua.
Dia virá, insistiu ele, que alguém com outra lâmpada a reinstalará no espaço vazio deixado pela lâmpada quebrada. E aí, uma vez seguinte, tudo voltará a se iluminar. É a lei da Vida. E ela é plena. Contínua. Sempre.
As duas lâmpadas piscaram agradecidas, no exato instante que uma mão acionou a tomada e as tirou de cena. O lampião baixou seu fogo e adormeceu tranquilo.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

CRÔNICA: O ANJO ANDRÓGINO DE SEU TIBÚRCIO

 O ANJO ANDRÓGINO DE SEU TIBÚRCIO

Nonato Albuquerque

 

Pense num sujeito grosso! Seu Tibúrcio. Pai de Nozim da padaria. Num tempo onde mais se combate homofobia e outros preconceitos, seu Tibúrcio se gabava de encarar a figura de “machão” do Lagedo – o nome do lugar onde nascera, crescera e vivera dominado por um surto constante de raiva e ódio a todo tipo de integrantes de LGBTQ+.

Desde mocinho, costumava dizer ter sido o maior rabo de saia do lugar. Levava no papo quem caísse na sua lábia. E garantia ter pego 99% das mulheres do lugar. “Só não cheguei aos 100, para livrar minha mãe”.

De todas, só Excelsa cedeu às suas cantadas e acabou caindo “nas malhas da Justiça”, pois grávida antes do casório, o pai dela obrigou Tibúrcio a casar-se frente a um juiz de paz ou teria que escolher entre os três Cs da sua lei: cemitério, cova, cadeia. Era o delegado do lugar.

Em 45 anos de casados, seu Tibúrcio e dona Excelsa só tiveram um filho, o Nozim, a quem o pai obrigara a votar no Mito, fazer campanha contra o aborto, contra a implantação do comunismo no Brasil e “a invasão do movimento LGTBQ+”, regra que ele próprio aditara. O fracasso de Bolsonaro no 2º turno, o levou às manifestações em frente ao Tiro de Guerra de Lagedo, onde uma enxurrada o fez desmaiar entre os “patridiotas”.

Levaram-no a um hospital. Diagnóstico: tuberculose, sendo induzido ao coma. Quando despertou estava despido, deitado em outra cama, onde uma mulher anunciara que ia fazer a maquiagem dele.

- Maquiage é a porra! Eu sou espada – gritou, mas ninguém parece ter ouvido. Depois ele foi até a porta, chamou alguém e lhe aparece Nozim, o seu filho.

- E aí, gostou do trabalho que fizemos nele?

- Está ótimo – disse acrescentando: “Ele só num ia gostar desse batom que puseram nele”.

- Batom!!! Meu filho, me leve pra casa. Estão me querendo parecer um viado...

A voz foi sumindo e uma outra figura de branco tirou ele da cama e disse ter vindo buscá-lo.  

Só deu tempo para olhar em torno e descobrir seu corpo, ali na cama hospitalar, rosto com maquiagem pesada – com base, pó e batom... “que nem uma drag”

Seu Tibúrcio achou aquilo, um fim de mundo. E era, de fato. Ele acabara de esticar as canelas. E se viu diante de um anjo, com aspecto andrógino, que viera lhe dar as boas vindas. 

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

POESIA. Curriculum mortis

 


terça-feira, 29 de julho de 2025

POESIA. Apostas atraem esperança

 APOSTAS ATRAEM ESPERANÇA

Nonato Albuquerque

É fato comum, entre os que fazem jogos de azar,
apostarem na sorte que a outros ela bafeja;
e com essa ditosa glória de milionário, sonhar
em ganhar o prêmio, qualquer valor que seja.
Na verdade, as loterias dão ao homem um ar
de grandeza; de serem tudo o que se almeja
Afinal, até a hora do sorteio, vive-se a planejar
o sonho de ser no mundo, aquilo que se deseja.
Quem joga, aposta mesmo é na força venturosa
que é motivadora em nós dos grandes ideais
e que na Terra a todo ser humano alcança
Até o dia do sorteio, vive-se uma vida cor de rosa,
fazendo planos que o jogo alimenta mais,
com o bem que todos chamamos de esperança.

domingo, 27 de julho de 2025

quarta-feira, 23 de julho de 2025

POESIA. Para se ganhar asas de anjo


 


















PARA SE GANHAR ASAS DE ANJO

nonato albuquerque
Eu sou íntimo dos anjos. Amigo.
Com eles brinco, com eles me educo.
O espírito de uns sempre me renova
com o de outros, apenas eu caduco
Uma frase que ouvi deles outro dia,
me calou profundamente a alma.
"Nunca avance no tempo, espere
que ele te leva na bênção de sua calma".
Outro me revelou um segredo
que para se ganhar asas e ser anjo
é preciso fazer curso aí na Terra.
Quanto mais se faz o bem - me disse -
provoca o surgimento delas
e a etapa humana assim se encerra.
(23.7.2021)

segunda-feira, 21 de julho de 2025

POESIA. Para os que ainda acreditam nessa (e)terna linguagem


PLANO DE VOO 

Nonato Albuquerque (in memoriam a PG) 

 

Não é da noite atroz que se fermenta o dia,

mas de um antelucano projeto de espera

no qual a luz, em meio à sombra, gera

um novo pulso que o amanhecer procria

 

Nenhuma dor maior na alma se prospera,

a impor angústia que furte essa energia.

É nela que se inspira o poeta sua elegia 

para cantar na sombra a luz que a supera 


É da alegria fortuita que a alma se inclina 

a cada experiência nova que na Terra habite 

e com isso rompa o ciclo que o seduz. 


É quando se submete a ordenança divina 

de alçar um voo alto, que não tem limite 

a perseguir o plano que nos traçou Jesus. 

quinta-feira, 17 de julho de 2025

POESIA. Meu unicórnio Relâmpago


 ANOTAÇÕES PRECIOSAS

Dos velhos sonhos incomuns de toda a infância,
um só ainda lembro com constância:
o dia que cavalguei um unicórnio
e a relva toda iluminava-se à sua passagem.
Eu tive sim um par de unicórnios.
Um deles chamava-se Relâmpago.
Era comum, ir num trote rápido, de Alkazhar a Netuno,
buscar água de colônia para meus banhos matinais.
Hoje, que estou centenário
e desprendido de materiais vinculações,
eu só tenho deles a saudosa lembrança.
Um dia, em outro corpo, em outra esfera planetária,
pretendo criar unicórnios em pastos da Lua,
só para deixar com inveja
os que lerem essas preciosas anotações
e acharem que é impossível
ainda ter sonhos na minha idade.

terça-feira, 15 de julho de 2025

FEMINICÍDIO, NÃO

 

Não lucre com a dor, o satisfeito encontro 

que um dia se fez pronto ao dito casamento 

mar de rosas no começo, depois confronto 

de ideias diferentes em algum momento. 


quando surgem essas rusgas aflitivas 

a rasgar do matrimônio o velho trato 

dê um tranco geral nas falas negativas 

pra não se chegar à tal vias de fato.


é bom lembrar o que disse o sacerdote 

nas bodas em que desejou a todos sorte 

selando o que se firmara, correto, ideal. 


aos que hoje brigam. já não mais por dote 

vão ser felizes "até que os separe a morte"

e não a do feminicídio que se tornou banal. 




 ssera "sejam unidos até a morte"  

O PLANTIO DOS DEVERES

       

Nem somos filhos desse tempo,

nem vozes de outras vozes.

 Apenas espelhos e contratempo

 de tempos ainda mais atrozes


Somos almas pequenas, ainda

mas com ideal de crescimento.

Se pesquisarem, verão que já finda

a história de nosso nascimento


Não reiteramos vulgares encômios

nos apraz mais algumas ditas preces

para aliviar um pouco nossos sofreres


Não somos nem santos, nem demônios

Apenas amigos de outroras messes

a recolher no hoje o plantio dos deveres.

POESIA AINDA QUE SE DANE - A DOR QUE ALEIJA A ALMA

 


A DOR QUE ALEIJA A ALMA


Nonato Albuquerque (15.7.2025)


Não há velório para quem se proclama

morrer de amores por um amor-defunto.

Por isso, quando já se extingue a chama 

o melhor a fazer é enterrar o tal assunto 


Correr ao bar, como sempre se proclama 

para beber esse mal com a turma junto   

não cura essa dor, nem a embalsama;

e não há panegírico a singular presunto.  


Alguém mais chapado pode até ensaiar 

pequena oratória, mas por sentimento 

de vergonha, se cala e bebe a saideira. 


Não há cristão algum capaz de mensurar 

a dor que aflije e não mata de momento  

mas deixa aleijada a alma a vida inteira. 

domingo, 13 de julho de 2025

CAUSA E EFEITO

Sêo Neco de nhá Vicência, 
nascido no pé de serra,
vei limitado pra guerra
dessa atual existência

Vei sem as mãos, o coitado
Pru mode atender pedido
de um erro adormecido
que ficou lá no passado.

Sinhô raivoso, pachola
Se apegou só ao dinheiro
e morreu na maió misera

Hoje, vive de esmola
Pra dar conta do herdeiro
Que manietou noutra era.

(inspirado em Cornélio Pires)
Hoje, 13 de julho, é aniversário do poeta paulista

sábado, 12 de julho de 2025

POESIA. OS ASTROS ESPIRITUALIZADOS


ASTROS ESPIRITUALIZADOS 

Nonato Albuquerque (11/07/25)


Na velha Hollywood de tempos mais felizes,

astros e estrelas haviam que abraçavam

as ideias novas que o mundo concebia,

através dos fenômenos da espiritualidade.

 

Garbo, em Beverly Hills, estudava com afinco

as noções de Blavatsky e sua Teosofia.

Mae West ostentava um particular médium 

e se aplicava a conhecimentos esotéricos.

 

Conta-se que Chaplin captou desses encontros

a ideia base para o seu premiado ‘The Kid’.

Glenn Ford pesquisou as suas pré-existências.

 

E de Clifton Webb, há quem o tenha visto

rondando a cripta 2350 onde foi sepultado

ao lado da mãe, de quem dizia ter mediunidade.

 

terça-feira, 8 de julho de 2025

VERSOS DESAFIADOS A UMA I.A.

Pedi no chat da I.A (Inteligência Artificial) um poema à la William Shakespeare sobre o mundo atual. E saiu essa ode. 


Ode ao Mundo Moderno


Oh, quão labiríntico é o nosso ser,  

Num tempo em que as vozes clamam, a soar,  

desenhos de luz que nos fazem aparecer,  

mas na sombra do progresso, há muito a pesar.  


As máquinas cantam, mas a alma silencia,  

Neste eterno zumbido de dados a dançar;  

A busca incessante pela sabedoria.  

Porém, ignoramos o que nos faz amar.  


As folhas das árvores murmuram histórias,  

de tempos em que o simples era a verdade;  

Agora, nas telas, em fluxos e glórias,  

Esquecemos a essência da humanidade.  


A vida se mede em cliques e em likes,  

Riscamos o sol com a fumaça do medo;  

E, enquanto o planeta, em dor, nos apraz,  

persistimos cegos, nus em nosso enredo.  


Mas não percas a esperança, viajante audaz,  

Pois a vida, como um soneto, se renova;  

E em cada desafio, na luz que se faz,  

encontramos um verso, uma nova prova.  


Que o amor nos guie por ruelas incertas.  

E que, ao findar do dia, possamos lembrar:  

que somos, afinal, almas interconectas,  

E é na união que saberemos triunfar.  

quarta-feira, 2 de julho de 2025

A MONTANHA DO SERMÃO - Nonato Albuquerque

 A montanha do sermão 

Nonato Albuquerque

Na manhã ambientada de luz e de suave brisa aromática, o mestre reuniu-se outra vez a seus discípulos, depois de um dia em que explicara à multidão sobre as primícias do reino.

Falara-lhes das bem-aventuranças e dos designos de Deus para a enorme multidão que sofregava experiência na colônia terrena. Dissera-lhe do amor do pai divino em relação à justiça para com seus filhos. Admoestara-os a servir ao bem e a entesourar as riquezas morais como único apanágio para se acercarem das claridades vindouras.

Discípulos haviam, contudo, que não conseguiram captar em toda a sua extensão a diáfana mensagem do alto, principalmente nas referências sobre os herdeiros da vida futura.

Compreensivo, o mestre acercou-se do grupo e juntando à palavra, o carinhoso gesto de quem explica, teceu comentários sobre o Sermão da Montanha.

A montanha, na verdade, é o caminho ascensional por onde todos nós trilhamos a jornada vivencial na escola da Terra. O disciplinamento e a prática constante do bem, configuram-se como extratos maiores para o saldo de nossas bonificações.

Jesus, a entidade santa que visitava pessoalmente a escola de refazimento e progresso, confidenciou aos disciípulos que, no planeta, a humanidade estava dividida entre os seres aflitos que voltam do ontem para sequenciar o aprendizado na carne, passando pelos pobres de espírito e os que buscam o aprimoramento no saber espiritual.

Os primeiros, carregavam cruzes dolorosas repatriando o passado de outras fronteiras. Choram dores físicas e morais, sentem fome e sede de justiça e se descobrem necessitados da matéria. "Felizes os que sabem ultrapassar essa fase e atingir o degrau dos pobres de espírito. Uma vida melhor irá consolá-los", asseverou o mestre.

- Mas como justificar de "bem aventurados, os que são pobres de espírito" -, interrogou um dos presentes.

Em verdade vos digo, felizes os que mendigam as verdades do Espírito', acentuou o mestre, considerando primordial a ação daqueles seres que já superaram a vaidade e o orgulho e buscam as coisas do alto em detrimento das riquezas materiais. "Deles é a certeza do reinado do Bem na Terra", complementou.

O mestre lembrou, também, a escala de aprimoramento dos que já ultrapassaram a fase da dor e da busca de sua fé, e reconciliam suas atitudes através da pureza do coração. "São almas assemelhadas a crianças e elas, certamente, verão a Deus em toda a sua luminescência", comparou.

Cristo continuou a mostrar os graduados seguintes da escola terrena. "Os que formam os grupos dos mansos e pacíficos, voltarão à Terra e habitarão na era de transformação do planeta".

Num grau ainda mais evoluído, Jesus apontou para os seres que já ultrapassaram todas as distenções e barreiras impeditivas do avanço moral. "Eles acrescentaram aos valores da mansuetude e pacificidade, o glorioso lema da misericórdia. Felizes, porque eles alcançarão esse alvo comum".

Diante do exposto, os discípulos sentiram a compreensão das etapas de cada um dos que vivenciam na Terra, a experiência vida. E, individualmente, puseram-se a imaginar em que grau de aprimoramento e progresso cada um deles se encontrava exatamente.

sábado, 14 de junho de 2025

MEUS ESCRITOS. O HOMEM EM SEU LONGO CAMINHO DAS ÁGUAS

 Nem toda água corre pro rio, nem todo rio alcança o mar. Há as que auxiliam as plantações; assim como as que ficam à margem do caminho e viram pântano. Nada produzem, mas têm lá sua serventia.

As que se perdem pelo caminho, pelo fenômeno da evaporação e somem de vista - tal qual as criaturas que morrem cedo - essas águas se elevam. Ganham as alturas e voltam em nuvens ao entorno da fonte, para incorporar-se de novo à sagrada tarefa de ajudar nas semeaduras da terra.
Há, também, as que enfrentam os dissabores das barreiras e acabam sendo impedidas pela construção dos açudes. Nesses monentos, as águas de outras águas lhes auxiliam e, nessas horas elas se elevam, superam as barragens e sangram. Que bela imagem dizer-se que as águas sangram. Assim como nós sabgramos qyando sofremos quedas. Mas são as providenciais quedas, onde as águas formam cascatas, de onde formam energia para iluminar cidades inteiras atraves das usinas de força.
Toda água que sai da fonte em um simples filete, com a ajuda de muitas águas, busca sempre alcançar seu destino: o mar. Assim como essas águas, nós os humanos encaminhamo-nos para um oceano de Luz e, por mais que alguns demorem nessa jornada, todos - sem nenhuma exceção - alcançaremos a cada nova existência, a outra nargem do nosso destino.
Praga, junho de 2017
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