CAUSAS E EFEITOS
UM BANGALÔ NAS NUVENS
Quando através do sono nos libertamos temporariamente do escafandro corporal, volitamos por entre a dimensão do eu mais puro e visualizamos cenas que, geralmente, só os sonhos conseguem externar. É do substrato desses sonhos - e da criação poética - que se constitui este diário, revelando a incrível magia da dimensão da espiritualidade.
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sábado, 15 de março de 2025
POESIA. Causas e Efeitos (para Francisco Carvalho)
sábado, 25 de janeiro de 2025
domingo, 22 de dezembro de 2024
NATAL NO PLANETA de Nonato Albuquerque
sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
MÚSICA. Haydn e Dvorak com a Sinfônica de Estocolmo
Os mares, lagos, riachos e rios sempre foram importantes fontes de inspiração para artistas, poetas e compositores. Na famosa Moldávia de Smetana, celebrando o seu 200º aniversário, ouvimos como os pequenos riachos borbulhantes serpenteiam pela paisagem antes de se fundirem no poderoso rio. A melodia vem de uma antiga canção folclórica que reconhecemos como Ack Värmeland, du sköna. Talvez Smetana tenha ouvido a melodia quando trabalhava como maestro em Gotemburgo na década de 1850.
terça-feira, 3 de dezembro de 2024
O LADO B DA VIDA ou VISTO DE CHEGADA
O LADO B DA VIDA ou VISTO DE CHEGADA
2.12.2024
De repente, as luzes do quarto se acentuam.
Vozes inspiradas preenchem o espaço amigo
e uma mágica sensação de paz estabelece
um elo distinto na dimensão do lado B da vida.
Uma equipe de branco conversa alegre e norteia
sinais por onde seguir após a longa caminhada.
É o anúncio da aurora desse tempo tão distinto
No dizer "acorde!" para o ensejo desse encontro
Por trás de lágrimas silenciosas, aporta-se sublime
um hálito de frescor novo, entre olhares amigos
a intermediar acenos de despedida e de chegada.
E entre atônita e resignada, Antônia se realimenta
agradecida de amor. Retemperada de paz.
A repetir o nome do Senhor na oração mais plena.
domingo, 10 de novembro de 2024
A CRUZ DE FERRO
A solidão dos campos de batalha.
cravada bem no íntimo de minha alma.
O LÍRIO
Tinha um lírio no meio das rosas
CARTAS 1. O entrevistado de quem não lembrei o nome

Caro leitor(a)
Uma viagem. É como eu classifico a convivência desta quinta feira, enquanto dormia. Eu me vi numa sala, como se um estúdio de rádio, esperando a hora de entrevistar alguém. Quando tenho à minha frente a sua holografia, descubro tratar-se de um jornalista famoso, nos anos 70 e 80 aqui no Ceará. Sinto uma energia agradável na sua presença, mas não consigo, de jeito algum, me lembrar o nome dele. É como se minha memória tivesse ficada pedrada.
Para não passar vexame, anuncio que "vou conversar com alguém muito importante do jornalismo", e enquanto falo, meu pensamento viaja atrás do baú de memórias, querendo achar a identidade da figura que está ali, à minha frente. Não consigo. E fico ainda mais atribulado, quando ele me responde à primeira pergunta, sobre como é que ele vai.
- Estou bem. Mas sinto que as pessoas não se lembram mais de mim. Ninguém fala meu nome entre os pares de trabalho - diz, enquanto penso que ele acabara de ler meus pensamentos. Tento lhe confortar e digo: mas o que é isso, rapaz! Todos nos lembramos de seu trabalho, sua coluna. Nos anos 80 você foi um dos primeiros a estimular as caminhadas. Sempre citava o assunto nas páginas internas do segundo caderno do jornal.
- Não, nem mesmo entre meus familiares se fala mais de mim. Eu sou um nome apagado. Uma página virada. Pareço ter vindo de um mundo vitoriano, época hoje nem mais tratada nas salas de História.
Nesse instante, a conexão onírica foi se desestabilizando e fui acordando com a preocupação enorme de querer saber o nome do entrevistado. Ele sumiu do écran de minha mente e desperto, fiquei meio abobalhado, porque eu sabia quem era, mas não tinha a menor lembrança do seu nome. E essa, pelo visto, era a pior lembrança que ele carregava no mundo dos encantados.
P.S.: depois que fiz o texto é que vi o nome dele em meio às declarações.
A MONTANHA DO SERMÃO
A montanha do sermão
O MENINO QUE FOI PAI DE SUA MÃE
“Quando eu era grande, eu era teu pai
E tu obedecia(sic) todas as minhas ordens”.
Assim falou um pequeno de seis anos
à sua mãe, uma voluntária de Casa de Emaús.
Preocupada, ela perguntou a Lena Belotto:
Aquilo que ouvira tinha algum sentido?
Lena,
que hoje se configura na dimensão da Luz,
Respondera-lhe que aquietasse seu coração.
Aquilo que o menino falara tinha a ver
com a justa crença de antigas civilizações
que, racionalizam ser comum
as vidas múltiplas de todo ser humano.
Lena contou-me isso, um dia.
Eu fiquei de escrever em oportuna ocasião
para os que dele tomassem conhecimento
soubessem que a Vida é plena.
Que somos alunos dessa escola terrena,
alfabetizando as virtudes do céu, em cada vida;
para restringir o excesso do TER que nos aprisiona
e libertar no íntimo de nós, o SER que somos para a Luz.
OS ARQUÉTIPOS DOS ALTARES
não é diferente a sagração dos católicos aos santos de sua crença.
senão o inventário místico dos que na dita igreja mãe,
são reverenciados como o santo da chuva,
o casamenteiro, o senhor dos aflitos?
o sublime senhor de tudo e de todos.
AS MORADAS DE MEU PAI
Nos mundos que circundam os universos,
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
Waldy na luz que imaginava sombra
amigos,
de meus dias outros,
aqui chegados;
fizeram sala à vinda minha
a esse porto
onde o barco da morte no Aqueronte
conduziu-me morto
pelo rio que enalteceram outros vates.
Incrível,
no "rictus defunctorum"
que hei passado,
achar-me de pé,
ainda vivo após exposto
ao fim da conjunção
de carne e osso
e assim disposto
encontrar-me nessa outra
margem de embates.
eu sei que
vivo a eterna/idade
dos que se mudam
não sendo mais,
nem carne e osso
e vim dar com os costados
nessa nova "terra"
onde me acho moço
depois dos anos
que dividi afetos.
me encontro,
após a extrema unção
do ritual religioso,
com velhos conhecidos
de épocas remotas
que são famílias
a quem me refiro grato
nessas minhas notas
aos sombras que deixei,
entre meus filhos e netos.
Depois de sonhar com W.S.
onde ele se referia que eu era afilhado de sua esposa.
6.11.2024
quarta-feira, 30 de outubro de 2024
SONHO MAGNIFICENTE
voltei a me vestir meu corpo
depois de volitar
por ares
onde borboleteavam
insetos
de transluzentes
brilhos.
Comigo estavam
alguns seres
Que da
mitologia aprendi
A nomina-los
elfos e duendes,
Maravilhas da
natureza mística.
Quando acoplava
minha alma
ao corpo que só descansava,
ainda consegui
sentir o ato
de sorver o
néctar de essências
que magnificavam
esse meu sonho.
sábado, 10 de agosto de 2024
ENSAIO PARA FALAR DO FEMENINO
Nao sei se os senhores já notaram,
desde o dia em que aqui chegamos
tudo que há tem nome de mulher.
Europa, Ásia, America, Oceania
Mesmo a própria Terra, quem diria
tem nome feminino, como Deus quer
Se Ele fez o mundo em sete dias
e criou do homem, o outro sexo
eu acho essa estória tão sem nexo
que não ouso perder os dias meus.
O mundo é da mulheres, já sabia
aquele que deu nome aos continentes
e para que todas firmem-se contentes
Eva é versão deusa, que fez Deus.
(incompleto)
CONVERSA PARA QUANDO EU FOR GRANDE
sexta-feira, 19 de julho de 2024
POESIA. Para os que irão vencer sua própria fera
PARA OS QUE IRÃO VENCER SUA PRÓPRIA FERA
de Nonato Albuquerque 19.07.2024
Nos campos
estelares onde eu habito,
pastoreia-se anjos, que se nomeiam
tutelares de
almas em quem credito
estejam no proscênio que as rodeiam
nessa era em
que as forças se baseiam
em remover o
lixo dos seres em conflito
sugiro que busquem Cristo e releiam
as bem aventuranças
desse grande espírito
elas resumem
o eixo de toda a pedagogia
que o mestre
nos deixou por herança
para os que alcançarem
aí, a nova era
Aventurados
os mansos, que voltarão um dia
a renascer num
tempo novo de bonança
em que cada um vencerá sua própria fera.
domingo, 7 de julho de 2024
A MUHER QUE RECOLHIA E BORDAVA ESTRELAS
Um dia, eu vi
uma senhora de idade,
a tricotar com
as mãos encarquilhadas
peças invisíveis,
com se usasse esterlina
nas agulhas que
só ela mesma enxergava
essa mesma
senhora, eu a vi um dia
caminhar com
firmeza no jardim de casa
a recolher
do chão algo que meus olhos
não conseguiam
de modo algum discernir.
Ao indagá-la
sobre tudo isso, ela me diz
que tricotava
uma colcha pontilhada de luz
das estrelas
que ela recolhia do chão amigo.
eram marcas transluzentes
de passos amigos
das pessoas
que um dia, passaram por ali
deixando lembranças de sua gentil amizade.
domingo, 2 de junho de 2024
A MENSAGEM DA CRUZ
por dedos mágicos, a musa inspirava gênios
a derramarem notas da mais fina essência
que executadas preenchiam compêndios
como se o céu aportasse sua imanência.
por dedos muitos homens de crença e ciência
teceram ideias múltiplas de gregos e essênios
a alimentar o juizo do bem com a sapiência
de quem eternos ficariam por todos milênios.
o tempo escreveu outros roteiros singulares
o das mãos curadoras que o Cristo entronizou
em benefício aos carentes de amor e de luz
mas foram mãos injustas que por trinta denares
lhe venderam aos romanos sem o menor pudor
para fincar em outras mãos a mensagem da cruz