Numa reunião de provas, onde todos narram suas experiências
pessoais, a plateia formada por antigos deficientes físicos observam quão afortunada
foi a passagem pelo veículo físico.
Cegos admiravam-se por terem enxergado mais a si mesmos
embora não tivessem deslumbrado a luz externa.
Surdos, aliviados do silêncio secular, contavam como se
ouviram ao longo de suas provações.
Aleijados, incapacitados de se mobilizarem, atentaram como
conseguiram andar pelo esforço do pensamento.
Rejeitados por não terem membro, contavam como atingiram a
plenitude de descobrir em si, o valor evidente de outros membros.
Ao saber pelo orientador que todos haviam concluído o curso
com notável maestria, os que antes se lamentavam o corpo deficiente deram
graças ao Senhor do destino, por ter-lhes oportunizado o capítulo mais
importante das experimentações físicas da alma.
Todos ergueram uma prece à Deus e concordaram por gratidão
que, se outra chance de vida tivessem, gostariam de exemplificar esses notáveis
fatos, aos que nascem são Terra mas desperdiçam essa plena consciência de Vida.