como demora amanhecer, dizia no leito de
morte
o paciente com
o destino, que este lhe pregava.
Estava nas
últimas, sem chances de mais sorte
mas a esperança do eterno ainda lhe abrigava.
por que demora
tanto vir, esse passaporte
com que devia
atravessar o que já divisava:
uma estrada diáfana,
quando vem o tal corte
do elo em que a
matéria se lhe apegava.
De repente,
adentra à enfermaria uma figura
de branco, olhar
tranquilo, sorriso largo
a lhe estender os
braços para um abraço amigo
é o seu anjo de
guarda, uma afável criatura
que viera lhe
buscar, findo esse tempo amargo
para amanhecer na luz de um novo abrigo.