que dia vai se erguer amanhã,
quando essa noite deixar suas sombras
escorrerem por entre os lençóis incômodos
e levitar no ar como um balão de sonhos?
que manhã teremos depois,
quando as amarras da dor se aquebrantarem
e a face cruenta de tormentos outros
for despejada da mente de nossos velhos?
Preciso descansar essa inquietude
para, uma vez seguinte, povoar-me
de ilusões fervilhantes e requentadas.
Pois, afinal, somos parte uníssona
do que, no universo, verdadeiramente,
é canção de paz e de esperança plena.