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sábado, 6 de julho de 2019

LIBERDADE


eu nem lembro quando foi que fui;
só sei que nada sei do que sabia ser
na língua nossa que já foi do Rui
prosar em verso assim é meu dever

mas como quem não quer assim anui
ser a esperança a última a correr
nasci natimorto o que me constitui
Nonato esse nome ainda hoje ter

eu faço versos loucos, disparates
crio do nada o tudo que é poesia 
só pelo simples desejo de fazer  


se ao me ler, provoco-te embates
é que o verso tem a mesma rebeldia 
das aves livres que só querem ser.