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terça-feira, 30 de julho de 2019

P de pó e poesia

Nasci num dia de nuvens grávidas anunciando um temporal bemvindo 
para aplacar a sede da terra seca.

Vivi debaixo de um tamarineiro que, 
na infância minha, adoçava as delícias 
de minhas tardes de criança feliz.

Morri e fui enterrado num enorme 
campo verde, ornado de muitas flores, 
onde o vento prenuncia minha eterna madrugada.

*** 

A poesia vive nos arquétipos da alma. Transcende os limites do eu e se revela 
na solitária folha de papel em branco dos sonhadores