Há uma estrofe na peça musical "Cum Dederit", de Antonio Lucio Vivaldi, que fala quando o sono da morte cai
sobre um filho, Deus recompensa a família com frutos no ventre materno.
A música fala da
misericórdia e da bondade do Senhor em magnificar a Vida com a transmutação de
almas entre a matéria e a dimensão do espírito.
Nunca somos
abandonados pelo Alto. Principalmente quando nos sentimos ligados a ele, pelos
laços fluídicos do pensamento positivo e das boas obras.
Deus não nos
abandona; nós é que damos as costas à sua justíssima lei do amor. Que, ao
contrário, do que se dizia no passado de que Deus castiga os servos
desobedientes e os lança nas profundezas do inferno, essa não é a verdade
honesta dos escritos sagrados. Eles foram alterados por copistas mais atentos às
suas idiossincrasias religiosas, marcadas por conteúdo personalistico e não do
que fora plasmado do divino.
Cada ser é um
universo individual a somar-se ao coletivo dos homens e mulheres que assumem essa corporificação, no afã de entesourar conhecimento em favor de si e do
mundo.
Quando deixarmos
de terceirizar as responsabilidades que só a nós compete e assumirmos de vez os
riscos de nossos atos, deixaremos de invocar aos céus os porquês de porque nos
fizeram isso; porquê nos enviaram tal provação, retirando de Deus a culpa pelo
que somos e pelos que fazemos.
Deus é pai. E pai
pra toda obra. E Ele, certamente, não deseja de nós senão a evolução no caminho
que nós mesmos elegemos.