Tinha um lírio no meio das rosas
que ornavam o féretro do menino
uma faixa de adeus, versos e prosas
todos a lamentar seu cruel destino
Lágrimas, lenços em mãos carinhosas
Que se apertavam enquanto o sino
Dolente, tangia as pessoas chorosas
Buscando na dor entender esse ensino
Do lado de lá, onde a farsa não conta
E a vida é constante em sua dimensão
Tem riso e alegria por essa chegada
É que a pátria das almas ali se desponta
Cada vez que o corpo se oculta no chão
E a luz do que somos reinicia a jornada.