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quinta-feira, 9 de junho de 2022

NÃO GOSTO DA RUA QUE NÃO MORO

 

Não gosto da rua que não moro

Nem da cor que falta ao arco-íris

Prefiro o canto do silêncio audível

Aos olhos de quem não enxerga

 

Não temo o medo; ele me teme

Ignoro o saber dos não sábios

Prefiro a solidão das multidões

Onde recolho o que eu espelho

 

Sou da angústia, um apátrida

Da inocência, um adepto sequaz  

E da memória, o esquecimento

 

Mas quando é pra dizer te amo

Prefiro fazê-lo do que teorizar

Para cumprir esse dever sagrado.