Não gosto da rua que não moro
Nem da cor que falta ao arco-íris
Prefiro o canto do silêncio audível
Aos olhos de quem não enxerga
Não temo o medo; ele me teme
Ignoro o saber dos não sábios
Prefiro a solidão das multidões
Onde recolho o que eu espelho
Sou da angústia, um apátrida
Da inocência, um adepto sequaz
E da memória, o esquecimento
Mas quando é pra dizer te amo
Prefiro fazê-lo do que teorizar
Para cumprir esse dever sagrado.