Diário dos Sonhos
Saio do corpo na madrugada do sábado e volito por lugares que, conheço mas, não
sei identificá-los quando estou desperto. Num desses lugares, em frente a um
balcão de atendimento - como se fosse de um albergue - encontro Vander Silvio,
já transportado para a outra dimensão. Está falando qualquer coisa relacionada
ao som que é transmitido no lugar.
- Por que é que, onde estou, só botam esse som terrível!... - diz criticando o
que, provavelmente, era um som de banda de forró sem ser forró.
Ao me ver ao seu lado, exibe um olhar de surpresa mas como quem já assiste algo
habitual do outro lado, estende-me o braço direito em minha direção. Eu tento
lhe dar um abraço, mas é quando ele aponta ser impossível. E mostra-me um
aparelho colocado no seu lado direito à altura da cintura - como se fosse uma
colostomia, mas que não é. Pergunto-lhe o que era aquilo e ele apenas me
diz:
- Necessidades para o campo vibracional...
Um som de carro lá embaixo do prédio onde moro me devolve ao corpo de sopetão.
Eu maldigo as buzinas que interferem até nos contatos extrasensoriais. Mas,
tudo bem, o dia já amanhecera no lado de cá. E era preciso retomar a
materialidade das coisas.
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QUARTA-FEIRA, 4 DE MARÇO DE 2009
Na esfera espiritual há trabalhos. Ninguém vive a ilusória visão de anjos
entronizados em nuvens, entoando loas e manipulando harpas que o 'marketing' da
medieval era tentou impor. E hoje andei gravitando em torno de uma redação. Uma
redação fora do ambiente material.
Alguém nesse ambiente solicitava-me que fizesse as fotolegendas de uma reportagem
sobre mim mesmo, destacando algo de minha persona e abordando um projeto novo
que deva estar em vias de processo.
Interessante é que ao chegar do trabalho hoje à tarde, diversos recados de um
jornalista solicitava-me falar sobre mim num 'portfólio' que ele está
elaborando para lançar no semestre que vem.
No e-mail que ele me enviou, um pedido para preencher um questionário com
legendas sobre meu trabalho. Igualzinho ao do trabalho na redação do lado de
lá.
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SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2009
Hoje foi dia de desprendimento no sono. E viajar por cidades que eu nunca fui.
Roma, por exemplo. Ali estive em companhia de Agamenon Libório Cavalcante, um
antigo colega de ginásio nos tempos do Rui Barbosa de Iguatu.
Desde os 14 anos não tenho notícias dele. Fui colega de sala de aula e
estudavámos juntos em sua residência. Agamenon era muito inteligente. Hoje,
pelo conheço da vida, posso dizer que ele estava além do estágio daquela
época.
No desprendimento de hoje, encontrava-me com ele em Roma, no aguardo da corrida
de Fórmula 1. Eu andava pela pista, em meio a fila de carros alinhados, depois
de passar por um órgão encarregado de listar pessoas que iam morrer.
Antes da corrida, deparo-me lá na frente com um acidente. Um carro em
treinamento havia saído da pista e se chocado contra um objeto. Não me lembro
agora quem era o piloto, mas na ocasião isso ficava bem definido.
Quando retornava para me posicionar no local de ver a corrida, perdia o contato
com Agamenon e tentava localizá-lo pelo meu celular - é a primeira vez em meus
sonhos que esse objeto é citado - e não encontrava seu nome no meu
arquivo.
Um pouco desolado, sento-me num degrau e dou de cara com Oliveira, ex-produtor
da TV Jangadeiro que estava ali em Roma em companhia de algumas pessoas
(possivelmente da família dele). Uma delas me abraçava e corrigia-me no
figurino: eu estava com uma camisa cheia de furinhos e ela me dizia que isso
exigia uma camiseta por baixo.
No momento seguinte, encontro-me com uma pessoa importante da política
brasileira que aguardava em frente ao que eu presumia ser um restaurante, a
festa do "pollo". Pollo em espanhol é frango. Acordei.
Postado por Nonato Albuquerque às 08:09 Links para esta postagem
DOMINGO, 22 DE FEVEREIRO DE 2009
Fora da vigília, é possível se eleger caminhos que são divisados apenas pelos
olhos da alma. Por eles, vítimas do silêncio da morte se identificam vivas. E
andarilham léguas em busca de si mesmas.
Esta madrugada, consegui circunavegar por entre essa faixa silenciosa aos
nossos sentidos, mas que tem uma acentuada agitação de sons. Nela, deparei-me
com amigos que estão temporariamente na matéria e que pautavam encontros sobre
as tarefas da semana em relação aos programas de ajuda.
Uma jornalista e amiga com quem já trabalhei na rádio Povo, estava na sala de
encontros do grupo formado por membros de uma denominação religiosa, dando
testemunho acerca de como a doutrina que ela abraçou lhe dera uma dimensão de
maturidade.
Ao deixar o bangalô, segui por uma estrada apinhada de crianças que iam em
direção ao "Balneário dos Anjos", denominação curiosa de uma das
muitas creches de onde partem iniciativas de adoção de almas pelas famílias da
Terra.
Isso significa que alguém dali, está muito próximo a seguir a afirmação do
Cristo sobre o 'nascer de novo'.
Postado por Nonato Albuquerque às 09:21 Links para esta postagem
SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2009
Acordei nesta segunda feira com o nome de dona Josélia na cabeça. Tinha que
ligar para ela, a fim de contar o sonho que tive no lar dos que perderam a
visão na Terra. Tentei o número antigo do falecido. O celular ainda o guarda.
Disquei, mas a voz da telefonista me dizia que ele fora desativado.
Fui ao trabalho na rádio e contei aos companheiros a experiência. Depois do
programa, admiti, ligarei para o instituto onde ela atua e contarei o 'sonho'.
Só na tevê, depois de conversar com o jornalista e médium Wanderley Pereira é
que criei coragem. Liguei... surpresa!
"Nonato você não morre mais este ano!" me atendeu a voz do outro
lado. "Estava pensando em você. Amanheci pensando em lhe procurar. Para
lhe entregar uma foto do (*) com você".
Conto-lhe o sonho e ela diz que de Itu, chegou-lhe uma correspondência
mediúnica dele com uma frase que só ela e ele tinham conhecimento. Era a prova.
Mas ao contar-lhe e falar sobre a figura que teria sido recebida por ele, a
descrição bateu exatamente em Maria Prata, uma benemérita senhora que era tida
como 'santa' e grande amiga do médico.
Ela deixara a Terra aí por volta de 15 anos. Mãe do conhecido Sargento Prata,
que deu nome ao zoológico de Fortaleza, ela certamente estava sendo a
'zeladora' por ele no outro lado da vida.
Postado por Nonato Albuquerque às 16:48 Links para esta postagem
A noite foi longa. Por quatro vezes desprendi-me do corpo e alcancei níveis
diferenciados da outra dimensão. Escalei as alturas e cheguei a lugares que eu
pouco conheço: a mansão onde dos que restauraram a visão.
Nesse local, o médico WP transita com certa facilidade. Reune-se aos jovens
recém chegados ali, de etapas de evolução na carne. Ele me diz que fora
recebido por uma senhora de pequena estatura, de cabelos negros e um olhar
sorridente. WP me diz que chegara através dela. Conta-me algo relaciona a 15
anos e a cita como irmã.
Por mais de uma vez, perco os laços desse desprendimento e acordo. Algo me leva
a dormir outra vez e retornar ao mesmo local. Como se o médico quizesse que eu
guardasse na memória a lembrança desse sonho. E contasse a alguém importante
toda essa experiência.
Postado por Nonato Albuquerque às 16:38 Links para esta postagem
SÁBADO, 3 DE JANEIRO DE 2009
Um luar claro na rua por onde circulo quase sempre nos meus
sonhos. Não sei onde ela está, mas a conheço tão logo largo meu corpo e
volatizo pelo lado de toda essa imaterialidade.
Hoje foi o dia em que cruzei a rua calçada, toda ela, de paralepípedos bem
construídos. Na calçada pelo lado direito deslizo. Próximo à esquina, um carro
estacionado. Ao passar por ele, noto a presença do professor Gilmar de
Carvalho. Ele conversa com outra pessoa que não me recordo a identidade.
Quando chego à esquina, uma pilha de andaimes impede a minha circulação. Nem
por isso me intranquilizo. Aciono a mente e ultrapasso as tábuas de forma
interessante.
É quando ouço o comentário de Gilmar: esse menino acaba se ferindo nesses voos
noturnos dele. Enquanto vou acordando, sinto que rio por saber que enfrentei
mais um desafio. E acordo sorrindo.
Postado por Nonato Albuquerque às 11:53 Links para esta postagem
SEGUNDA-FEIRA, 10 DE NOVEMBRO DE 2008
Voar, ouve-se dizer, é com os pássaros. Mas o homem também voa. Em sonhos, no
entendimento da maioria das pessoas. Eu, porém, lhes digo que voamos sim,
quando largamos o casulo de nossa prisão temporária, o corpo, e volitamos por
dimensões não imagináveis.
Esta noite, eu volitei num céu de uma fulgurante beleza. Voava de papo pra
cima. E, enquanto cantava e ouvia dulcíssima melodia, notava que o céu era
formado à semelhança de um caleidoscópio.
Imagens coloridas flutuavam ao meu redor. Um som inebriante de paz
acondicionava os meus ouvidos. E uma estranha e magnífica sensação de prazer
dominava todo o meu ser.
Eu parecia ver com todo o meu corpo. Ouvir com todo meu corpo. Sentir com todo
ele. Foi a viva impressão de um sonho como nunca jamais tinha acontecido.
Postado por Nonato Albuquerque às 07:22 Links para esta postagem
SEXTA-FEIRA, 7 DE NOVEMBRO DE 2008
Noite e madrugada de sonhos. Pesadelos, diria. Eu que não sou superticioso,
prefiro registrar por aqui um deles. O de uma viagem. E a leitura de uma novela
em quadrinhos onde tudo se encaminha para outra dimensão.
Os quadrinhos fala de temor no embarque - e olha que estou viajando para SP,
daqui a pouco - mas sou realista. O que o destino nos reserva, ninguém foge
dele.
Deixo, no entanto, a certeza do voltar. Sábado ou domingo, talvez. A Fernanda
Tarricone, da produção do Telecon 2008 - (11) 3687-3669 / 3064 - (11) 9915-7018
- reservou viagem de volta para a noite de sábado, se o programa tiver
terminado a tempo.
Viajo e deixo registro aqui no 'Bangalô nas Nuvens'. Falei com a Vera
(maquiadora) e a Fabiane Razc sobre o sonho. Que espero, certamente, que seja
apenas isso...
Postado por Nonato Albuquerque às 13:31 Links para esta postagem
TERÇA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO DE 2008
Que significado tem esse trem nos meus psíquicos sonhos? E essas pessoas que,
vira e mexe, entram e saem deles? A que destino se propõe essa viagem que eu
sempre faço e que nunca dou conta de chegada e nem de partida?
L era o condutor da máquina. Surpreendente: a vapor. A cidade é Acopiára, mas
parece desabitada agora. Na hora de sair, deparo-me num vagão com freiras que
dizem ser da ordem de Viterboo, dito em inglês.
Andando no interior do trem, enquanto ele se desloca, descubro F, com quem
estudei no Jornalismo da UFC. Ela chora com meu abraço e eu entendo o motivo. E
sei que, naquele choro, ela desdobra sua alma.
O trem, de repente, pára. No meio de um uma curva. A máquina sai, sozinha. E eu
corro atrás para falar com o maquinista que, sem me ver, retorna e ao entrar na
composição, não vejo ninguém dirigindo-a.
Postado por Nonato Albuquerque às 06:19 Links para esta postagem
SÁBADO, 27 DE SETEMBRO DE 2008
Ontem foi um dia em que a memória akáshica me levou a lembranças incríveis.
Depois de sonhar sendo indicado para um cargo público, ao qual eu recusava
insistentemente diante da maior autoridade, entrei num túnel do tempo e revi
uma cena, provavelmente, já vivida.
Eu estava com a cabeça no que sugeria ser uma guilhotina. Só via o piso de
madeira de um tablado. E aguardava o instante em que algo (ou alguém) iria
cortar meu pescoço. Aguardava ansioso o instante. E num átimo de segundo, senti
uma lâmina adentrar pela nuca e atravessar (sem nenhuma dor) o meu
pescoço.
Abro os olhos que permaneciam fechados diante do medo e descubro entre atônito
e surpreso que caíra de mim uma espécie de máscara com meu rosto. Diante da
cena espantosa consegui murmurar: "E eu continuo vivo!".
Ao acordar, o primeiro pensamento que me surge é de que a lembrança estaria
ligada a essa data de 26 de agosto. O que terá ocorrido num dia como esse num
tempo que não é este o qual estou vivendo? Mistério...
Postado por Nonato Albuquerque às 13:32 Links para esta postagem
SÁBADO, 13 DE SETEMBRO DE 2008
Eu, no mundo
das idéias sou
quem prova os 9
que disseram outros
antes que eu mesma
viesse mexer com
toda o estratagema
do não viver e ser
do não estar e ter
que provar por A + B
que somos ainda
que não estejamos mais.
Enecê
Postado por Nonato Albuquerque às 06:58 Links para esta postagem
TERÇA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2008
Já imaginou estar em pleno cenário de guerra, tendo a possibilidade de comandar
açoes militares? Parece coisa de sonho. E o é.
Nesta terça feira, estivemos do outro lado da matéria, acompanhando o que seria
uma operação de guerra numa cidade que, sinceramente, não consigo atinar.
Aviões atravessavam a cena onde era possível visualizar pessoas correndo em
busca de abrigo; sinais de destruição ao longo de ruas completamente
destruídas.
Uma voz de comando orientava os acontecimentos. Falava em língua diversa da que
conheço.
Postado por Nonato Albuquerque às 15:46 Links para esta postagem
QUARTA-FEIRA, 30 DE JULHO DE 2008
Até atingir a senda luminosa por onde seria destinado nosso
trajeto, lembro-me de ter cruzado com alvoroçado grupo de jovens em meio de uma
rua de luzes esmaecidas. Eles estavam num veículo que, embora estacionado,
volitava à altura de meio metro do chão. Eles, à semelhança de aves agitadas,
algazarravam algum evento auspicioso nas proximidades do que imagino seja um
educandário.
Meu rumo, no entanto, era a um centro de difusões de conhecimento que não
aquele, situado próximo a uma casa de refúgio de atormentadas almas.
De repente, me vejo adentrando a um imóvel onde um sobrinho me acolhe com uma
terrina repleta de arroz e de uma mistura que desconheço.
Vejo no interior da casa, aquele que foi meu tio João que está a se desenlaçar
de suas vestes laboriais. Fala comigo e me dá certeza de que já escutava com
facilidade, o que não acontecia antes de desembarcar no plano dessa dimensão.
Pergunto-lhe por dona Diocina, sua sogra, e ele me responde que ela "estar
consertando o carro", o que eu subentendo como preparando um novo
corpo.
Nisso, vejo um grupo de rapazes cercando um senhor negro de estatura alta e
compleixão avantajada. Ele se dirige a mim e pedindo minha atenção para uma
conversa em particular.
Vamos até uma espécie de pracinha e eu lhe digo que já sei o que ele vai me
pedir: para fazer uma palestra para seu grupo evangélico. E é então que ele é
envolvido por uma luminosa aura e começa a falar na voz de um conhecido
mensageiro dos brasileiros. Consigo me lembrar, mais ou menos essas palavras
(que escrevi tão logo despertei):
[...] "O mestre Jesus tem me conduzido por caminhos seguros. Minha voz tem
sido a voz de sua prestimosa mensagem. Sou grato por ser esse estafeta de tão
importante líder, embora não saiba atinar quais méritos me inclinam a essa
tarefa..."
Enquanto ouço sua voz tão familiar aos meus ouvidos, meus olhos se enchem de
lágrimas e vou acordando inebriado pela impressionante imagem que ainda guardo
na memória.
Postado por Nonato Albuquerque às 08:04 Links para esta postagem
DOMINGO, 27 DE JULHO DE 2008
Houve enchente nas ruas onde está situado o bangalô. E, esta
semana, estive em busca de auxiliar as suas vítimas. As águas subiram em
demasia. Numa das casas, onde consegui penetrar em busca de socorrer alguém,
descubro minha avó em uma das minhas muitas encarnações.
Ela está ensopada. Conta que a água subiu quase um metro de altura. Eu lhe
pergunto se é comum, na dimensão oposta da vigília, esse tipo de ocorrência.
Ela me diz claramente: "Aqui não é tão diferente do lado que você reside.
O seu é o papel carbono desse que é o original".
Surpreso com o que acabara de ouvir, saí a auxiliar outros residentes que se
queixavam que as enchentes haviam dispersado tudo o que tinha. Era preciso
começar do zero, a vida que eles receberam quando chegaram ali do outro lado da
vida.
Postado por Nonato Albuquerque às 19:59 Links para esta postagem
DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2008
Do lado dos sonhos, eu tenho a impressão que sou aluno repetente
de muitas turmas. Vez por outra, vivo sonhando em sala de aula.
A desta feita era uma sala de aula sem muita iluminaçâo, onde uma professora
cujo rosto não era possível distinguir de forma nenhuma, aguardava a feitura
das provas pelos alunos. Curioso: na sala de aula enorme, apenas eu estava
cumprindo essa tarefa.
A prova era de Geografia. Tinha apenas 5 questões. Todas muito fáceis, mas que
eu não conseguia de jeito nenhum encontrar as respostas.
Quando estou pensativo sobre como responder as questões, por trás da minha
carteira adentra à sala Rita de Cássia (que eu a conheço como ouvinte de rádio
em nossa dimensão), de passagem, coloca-me uma folha na mão, onde estão as
respostas e sai. No final da prova, a assinatura dela.
Lembro-me de tentar apagar o nome dela para colocar o meu e entregar a prova à
professora mas isso é tarefa bastante dificil. Quanto mais apago, as letras
reaparecem de forma quase mágica.
Acordo com a nítida imprenssão de que, no lado dos sonhos, eu deva ser aluno
bem atrasadinho.
Postado por Nonato Albuquerque às 07:19 Links para esta postagem
Do outro lado do rio da Vida, convivi esta madrugada com uma
família interessante. Ela atua nos programas sociais da nação inteira. Trabalha
diuturnamente no acesso às vítimas de toda ordem.
Seu Cícero e dona Célia compõem na dimensão do Espírito um casal tomado de
extremada vocação pela feitura do Bem. Atendem a chamados de zonas purgatoriais
próximas à Terra, onde almas recém saídas do corpo intermedeiam entre o sono e
o despertar do novo tempo.
Hoje, por exemplo, eles estavam se preparando para sair em missão que
compreendia uma zona descrita, mas que não me lembro agora. Na sacola onde
estavam objetos para viagem, eu mesmo tive oportunidade de ver uma peça de
vestuário antigo - como das vestimentas romanas - que me deixava encantado ao
tocá-la.
Na despedida, eu me lembro ter dito que ia dar uma dica para que se fizesse uma
matéria sobre eles dois, considerando que ali estava 'A Grande Família' de que
fala o programa da tv brasileira.
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DOMINGO, 6 DE JULHO DE 2008
Na cidade dos sonhos, por onde transito quando fora do corpo
estou, há essências de luz circunavegando o ar. Nele, respiro o hálito das
manhãs de outros dias, quando vestia-me um outro corpo e os lugares por onde
andava sintonizavam outras ondas.
Ontem, por exemplo, atravessei ruas de pedras encantadoramente belas.
Luminosas, elas refletiam uma suave emanação de paz para os caminhantes que,
por sua estrada, volitavam.
Ouvi de longe, uma voz como a embalar um berço, emitindo notas de uma canção
singela:
"Há esperanças no ar.
Choro de criança no céu
Gente pequenina a nascer
em busca do destino Ser
Em todo recanto ouvir
todo esse canto de paz
chegar a um novo tempo
sem mais contratempo"
No meio de tudo isso, o guia me aponta Juliana, 32 anos, que irá receber um
menino que (ou aos 7 anos ou nos últimos 7 anos) deixou de ser. O pai por
nascimento.
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TERÇA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2008
. Na cidade dos sonhos, limite entre o corpo e a região
espiritual para onde todos nos destinamos depois da passagem terrena,
encontro-me com o comandante Haroldo, com quem partilho amizade na 10ª Região
Militar e no movimento dos militares espíritas. Fora da matéria, ele trabalha
num projeto que objetiva recepcionar crianças que deixam a matéria antes de
cumprirem até a etapa de vida adulta.
. É algo como uma creche-abrigo, que se especializou em receber as vítimas das
tragédias na carne. Aprendi nas leituras esotéricas e espíritas, tratar-se dos
endividados de outras visitas ao aparelho de carne.
. Há uma movimentação intensa na dimensão da Luz. Embora com serenidade,
comitivas se mobilizam para a execução de tarefas importantes. Crianças estão
sendo trazidas de um resgate coletivo e devem aclimatar-se ao padrão
vibracional desse lado.
. O coordenador Haroldo explica a operação que está acabando de ocorrer com a
chegada de várias crianças recém-nascidas e que, na Terra, na vigília, eu só
viria a tomar conhecimento agora, no início da madrugada do dia 24 de junho,
via Jornal da Globo.