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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

DIÁRIO DE SONHOS - textos

 

Do lado de lá, mas sem sair do lado de cá

Diário dos Sonhos 
Saio do corpo na madrugada do sábado e volito por lugares que, conheço mas, não sei identificá-los quando estou desperto. Num desses lugares, em frente a um balcão de atendimento - como se fosse de um albergue - encontro Vander Silvio, já transportado para a outra dimensão. Está falando qualquer coisa relacionada ao som que é transmitido no lugar. 

- Por que é que, onde estou, só botam esse som terrível!... - diz criticando o que, provavelmente, era um som de banda de forró sem ser forró. 

Ao me ver ao seu lado, exibe um olhar de surpresa mas como quem já assiste algo habitual do outro lado, estende-me o braço direito em minha direção. Eu tento lhe dar um abraço, mas é quando ele aponta ser impossível. E mostra-me um aparelho colocado no seu lado direito à altura da cintura - como se fosse uma colostomia, mas que não é. Pergunto-lhe o que era aquilo e ele apenas me diz: 

- Necessidades para o campo vibracional... 

Um som de carro lá embaixo do prédio onde moro me devolve ao corpo de sopetão. Eu maldigo as buzinas que interferem até nos contatos extrasensoriais. Mas, tudo bem, o dia já amanhecera no lado de cá. E era preciso retomar a materialidade das coisas.

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QUARTA-FEIRA, 4 DE MARÇO DE 2009

Do lado de lá, a vida continua e trabalho é que não falta


Na esfera espiritual há trabalhos. Ninguém vive a ilusória visão de anjos entronizados em nuvens, entoando loas e manipulando harpas que o 'marketing' da medieval era tentou impor. E hoje andei gravitando em torno de uma redação. Uma redação fora do ambiente material. 

Alguém nesse ambiente solicitava-me que fizesse as fotolegendas de uma reportagem sobre mim mesmo, destacando algo de minha persona e abordando um projeto novo que deva estar em vias de processo. 

Interessante é que ao chegar do trabalho hoje à tarde, diversos recados de um jornalista solicitava-me falar sobre mim num 'portfólio' que ele está elaborando para lançar no semestre que vem. 

No e-mail que ele me enviou, um pedido para preencher um questionário com legendas sobre meu trabalho. Igualzinho ao do trabalho na redação do lado de lá.

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SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2009

Numa Roma onde carros de corrida se alinham


Hoje foi dia de desprendimento no sono. E viajar por cidades que eu nunca fui. Roma, por exemplo. Ali estive em companhia de Agamenon Libório Cavalcante, um antigo colega de ginásio nos tempos do Rui Barbosa de Iguatu. 

Desde os 14 anos não tenho notícias dele. Fui colega de sala de aula e estudavámos juntos em sua residência. Agamenon era muito inteligente. Hoje, pelo conheço da vida, posso dizer que ele estava além do estágio daquela época. 

No desprendimento de hoje, encontrava-me com ele em Roma, no aguardo da corrida de Fórmula 1. Eu andava pela pista, em meio a fila de carros alinhados, depois de passar por um órgão encarregado de listar pessoas que iam morrer. 

Antes da corrida, deparo-me lá na frente com um acidente. Um carro em treinamento havia saído da pista e se chocado contra um objeto. Não me lembro agora quem era o piloto, mas na ocasião isso ficava bem definido. 

Quando retornava para me posicionar no local de ver a corrida, perdia o contato com Agamenon e tentava localizá-lo pelo meu celular - é a primeira vez em meus sonhos que esse objeto é citado - e não encontrava seu nome no meu arquivo. 

Um pouco desolado, sento-me num degrau e dou de cara com Oliveira, ex-produtor da TV Jangadeiro que estava ali em Roma em companhia de algumas pessoas (possivelmente da família dele). Uma delas me abraçava e corrigia-me no figurino: eu estava com uma camisa cheia de furinhos e ela me dizia que isso exigia uma camiseta por baixo. 

No momento seguinte, encontro-me com uma pessoa importante da política brasileira que aguardava em frente ao que eu presumia ser um restaurante, a festa do "pollo". Pollo em espanhol é frango. Acordei.

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DOMINGO, 22 DE FEVEREIRO DE 2009

A creche de onde partem as adoções terrenas


Fora da vigília, é possível se eleger caminhos que são divisados apenas pelos olhos da alma. Por eles, vítimas do silêncio da morte se identificam vivas. E andarilham léguas em busca de si mesmas. 

Esta madrugada, consegui circunavegar por entre essa faixa silenciosa aos nossos sentidos, mas que tem uma acentuada agitação de sons. Nela, deparei-me com amigos que estão temporariamente na matéria e que pautavam encontros sobre as tarefas da semana em relação aos programas de ajuda. 

Uma jornalista e amiga com quem já trabalhei na rádio Povo, estava na sala de encontros do grupo formado por membros de uma denominação religiosa, dando testemunho acerca de como a doutrina que ela abraçou lhe dera uma dimensão de maturidade. 

Ao deixar o bangalô, segui por uma estrada apinhada de crianças que iam em direção ao "Balneário dos Anjos", denominação curiosa de uma das muitas creches de onde partem iniciativas de adoção de almas pelas famílias da Terra. 

Isso significa que alguém dali, está muito próximo a seguir a afirmação do Cristo sobre o 'nascer de novo'.

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SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2009

O lar dos que perderam a visão na Terra (2)


Acordei nesta segunda feira com o nome de dona Josélia na cabeça. Tinha que ligar para ela, a fim de contar o sonho que tive no lar dos que perderam a visão na Terra. Tentei o número antigo do falecido. O celular ainda o guarda. Disquei, mas a voz da telefonista me dizia que ele fora desativado. 

Fui ao trabalho na rádio e contei aos companheiros a experiência. Depois do programa, admiti, ligarei para o instituto onde ela atua e contarei o 'sonho'. Só na tevê, depois de conversar com o jornalista e médium Wanderley Pereira é que criei coragem. Liguei... surpresa!

"Nonato você não morre mais este ano!" me atendeu a voz do outro lado. "Estava pensando em você. Amanheci pensando em lhe procurar. Para lhe entregar uma foto do (*) com você". 

Conto-lhe o sonho e ela diz que de Itu, chegou-lhe uma correspondência mediúnica dele com uma frase que só ela e ele tinham conhecimento. Era a prova. Mas ao contar-lhe e falar sobre a figura que teria sido recebida por ele, a descrição bateu exatamente em Maria Prata, uma benemérita senhora que era tida como 'santa' e grande amiga do médico.

Ela deixara a Terra aí por volta de 15 anos. Mãe do conhecido Sargento Prata, que deu nome ao zoológico de Fortaleza, ela certamente estava sendo a 'zeladora' por ele no outro lado da vida.

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O lar dos que perderam a visão na Terra (parte I)


A noite foi longa. Por quatro vezes desprendi-me do corpo e alcancei níveis diferenciados da outra dimensão. Escalei as alturas e cheguei a lugares que eu pouco conheço: a mansão onde dos que restauraram a visão. 

Nesse local, o médico WP transita com certa facilidade. Reune-se aos jovens recém chegados ali, de etapas de evolução na carne. Ele me diz que fora recebido por uma senhora de pequena estatura, de cabelos negros e um olhar sorridente. WP me diz que chegara através dela. Conta-me algo relaciona a 15 anos e a cita como irmã. 

Por mais de uma vez, perco os laços desse desprendimento e acordo. Algo me leva a dormir outra vez e retornar ao mesmo local. Como se o médico quizesse que eu guardasse na memória a lembrança desse sonho. E contasse a alguém importante toda essa experiência.

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SÁBADO, 3 DE JANEIRO DE 2009

A rua por onde navego quando à noite me imaterializo

Um luar claro na rua por onde circulo quase sempre nos meus sonhos. Não sei onde ela está, mas a conheço tão logo largo meu corpo e volatizo pelo lado de toda essa imaterialidade. 

Hoje foi o dia em que cruzei a rua calçada, toda ela, de paralepípedos bem construídos. Na calçada pelo lado direito deslizo. Próximo à esquina, um carro estacionado. Ao passar por ele, noto a presença do professor Gilmar de Carvalho. Ele conversa com outra pessoa que não me recordo a identidade. 

Quando chego à esquina, uma pilha de andaimes impede a minha circulação. Nem por isso me intranquilizo. Aciono a mente e ultrapasso as tábuas de forma interessante. 

É quando ouço o comentário de Gilmar: esse menino acaba se ferindo nesses voos noturnos dele. Enquanto vou acordando, sinto que rio por saber que enfrentei mais um desafio. E acordo sorrindo.

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SEGUNDA-FEIRA, 10 DE NOVEMBRO DE 2008

O caleidoscópio celeste durante o meu vôo noturno


Voar, ouve-se dizer, é com os pássaros. Mas o homem também voa. Em sonhos, no entendimento da maioria das pessoas. Eu, porém, lhes digo que voamos sim, quando largamos o casulo de nossa prisão temporária, o corpo, e volitamos por dimensões não imagináveis. 

Esta noite, eu volitei num céu de uma fulgurante beleza. Voava de papo pra cima. E, enquanto cantava e ouvia dulcíssima melodia, notava que o céu era formado à semelhança de um caleidoscópio. 

Imagens coloridas flutuavam ao meu redor. Um som inebriante de paz acondicionava os meus ouvidos. E uma estranha e magnífica sensação de prazer dominava todo o meu ser. 

Eu parecia ver com todo o meu corpo. Ouvir com todo meu corpo. Sentir com todo ele. Foi a viva impressão de um sonho como nunca jamais tinha acontecido.

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SEXTA-FEIRA, 7 DE NOVEMBRO DE 2008

Historia em quadrinhos virtualizada no país dos sonhos


Noite e madrugada de sonhos. Pesadelos, diria. Eu que não sou superticioso, prefiro registrar por aqui um deles. O de uma viagem. E a leitura de uma novela em quadrinhos onde tudo se encaminha para outra dimensão. 

Os quadrinhos fala de temor no embarque - e olha que estou viajando para SP, daqui a pouco - mas sou realista. O que o destino nos reserva, ninguém foge dele. 

Deixo, no entanto, a certeza do voltar. Sábado ou domingo, talvez. A Fernanda Tarricone, da produção do Telecon 2008 - (11) 3687-3669 / 3064 - (11) 9915-7018 - reservou viagem de volta para a noite de sábado, se o programa tiver terminado a tempo. 

Viajo e deixo registro aqui no 'Bangalô nas Nuvens'. Falei com a Vera (maquiadora) e a Fabiane Razc sobre o sonho. Que espero, certamente, que seja apenas isso...

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TERÇA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO DE 2008

Um trem que volta a circular no espaço dos meus sonhos


Que significado tem esse trem nos meus psíquicos sonhos? E essas pessoas que, vira e mexe, entram e saem deles? A que destino se propõe essa viagem que eu sempre faço e que nunca dou conta de chegada e nem de partida? 

L era o condutor da máquina. Surpreendente: a vapor. A cidade é Acopiára, mas parece desabitada agora. Na hora de sair, deparo-me num vagão com freiras que dizem ser da ordem de Viterboo, dito em inglês. 

Andando no interior do trem, enquanto ele se desloca, descubro F, com quem estudei no Jornalismo da UFC. Ela chora com meu abraço e eu entendo o motivo. E sei que, naquele choro, ela desdobra sua alma. 

O trem, de repente, pára. No meio de um uma curva. A máquina sai, sozinha. E eu corro atrás para falar com o maquinista que, sem me ver, retorna e ao entrar na composição, não vejo ninguém dirigindo-a.

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SÁBADO, 27 DE SETEMBRO DE 2008

Túnel do tempo: o dia em que fomos guilhotinados


Ontem foi um dia em que a memória akáshica me levou a lembranças incríveis. Depois de sonhar sendo indicado para um cargo público, ao qual eu recusava insistentemente diante da maior autoridade, entrei num túnel do tempo e revi uma cena, provavelmente, já vivida. 

Eu estava com a cabeça no que sugeria ser uma guilhotina. Só via o piso de madeira de um tablado. E aguardava o instante em que algo (ou alguém) iria cortar meu pescoço. Aguardava ansioso o instante. E num átimo de segundo, senti uma lâmina adentrar pela nuca e atravessar (sem nenhuma dor) o meu pescoço. 

Abro os olhos que permaneciam fechados diante do medo e descubro entre atônito e surpreso que caíra de mim uma espécie de máscara com meu rosto. Diante da cena espantosa consegui murmurar: "E eu continuo vivo!". 

Ao acordar, o primeiro pensamento que me surge é de que a lembrança estaria ligada a essa data de 26 de agosto. O que terá ocorrido num dia como esse num tempo que não é este o qual estou vivendo? Mistério...

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SÁBADO, 13 DE SETEMBRO DE 2008

Estratagema - Depois do Sonho que Passou

Eu, no mundo 
das idéias sou 
quem prova os 9 
que disseram outros 
antes que eu mesma 
viesse mexer com 
toda o estratagema 
do não viver e ser 
do não estar e ter 
que provar por A + B
que somos ainda 
que não estejamos mais. 

Enecê

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TERÇA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2008

De que guerra estávamos mesmo falando?


Já imaginou estar em pleno cenário de guerra, tendo a possibilidade de comandar açoes militares? Parece coisa de sonho. E o é. 

Nesta terça feira, estivemos do outro lado da matéria, acompanhando o que seria uma operação de guerra numa cidade que, sinceramente, não consigo atinar. 

Aviões atravessavam a cena onde era possível visualizar pessoas correndo em busca de abrigo; sinais de destruição ao longo de ruas completamente destruídas. 

Uma voz de comando orientava os acontecimentos. Falava em língua diversa da que conheço.

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QUARTA-FEIRA, 30 DE JULHO DE 2008

Encontro com o estafeta da espiritualidade

Até atingir a senda luminosa por onde seria destinado nosso trajeto, lembro-me de ter cruzado com alvoroçado grupo de jovens em meio de uma rua de luzes esmaecidas. Eles estavam num veículo que, embora estacionado, volitava à altura de meio metro do chão. Eles, à semelhança de aves agitadas, algazarravam algum evento auspicioso nas proximidades do que imagino seja um educandário. 

Meu rumo, no entanto, era a um centro de difusões de conhecimento que não aquele, situado próximo a uma casa de refúgio de atormentadas almas. 

De repente, me vejo adentrando a um imóvel onde um sobrinho me acolhe com uma terrina repleta de arroz e de uma mistura que desconheço. 

Vejo no interior da casa, aquele que foi meu tio João que está a se desenlaçar de suas vestes laboriais. Fala comigo e me dá certeza de que já escutava com facilidade, o que não acontecia antes de desembarcar no plano dessa dimensão. Pergunto-lhe por dona Diocina, sua sogra, e ele me responde que ela "estar consertando o carro", o que eu subentendo como preparando um novo corpo. 

Nisso, vejo um grupo de rapazes cercando um senhor negro de estatura alta e compleixão avantajada. Ele se dirige a mim e pedindo minha atenção para uma conversa em particular. 

Vamos até uma espécie de pracinha e eu lhe digo que já sei o que ele vai me pedir: para fazer uma palestra para seu grupo evangélico. E é então que ele é envolvido por uma luminosa aura e começa a falar na voz de um conhecido mensageiro dos brasileiros. Consigo me lembrar, mais ou menos essas palavras (que escrevi tão logo despertei): 

[...] "O mestre Jesus tem me conduzido por caminhos seguros. Minha voz tem sido a voz de sua prestimosa mensagem. Sou grato por ser esse estafeta de tão importante líder, embora não saiba atinar quais méritos me inclinam a essa tarefa..." 

Enquanto ouço sua voz tão familiar aos meus ouvidos, meus olhos se enchem de lágrimas e vou acordando inebriado pela impressionante imagem que ainda guardo na memória.

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DOMINGO, 27 DE JULHO DE 2008

Enchentes do outro lado da vigília

Houve enchente nas ruas onde está situado o bangalô. E, esta semana, estive em busca de auxiliar as suas vítimas. As águas subiram em demasia. Numa das casas, onde consegui penetrar em busca de socorrer alguém, descubro minha avó em uma das minhas muitas encarnações. 

Ela está ensopada. Conta que a água subiu quase um metro de altura. Eu lhe pergunto se é comum, na dimensão oposta da vigília, esse tipo de ocorrência. Ela me diz claramente: "Aqui não é tão diferente do lado que você reside. O seu é o papel carbono desse que é o original". 

Surpreso com o que acabara de ouvir, saí a auxiliar outros residentes que se queixavam que as enchentes haviam dispersado tudo o que tinha. Era preciso começar do zero, a vida que eles receberam quando chegaram ali do outro lado da vida.

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DOMINGO, 13 DE JULHO DE 2008

A prova que eu não sei responder

Do lado dos sonhos, eu tenho a impressão que sou aluno repetente de muitas turmas. Vez por outra, vivo sonhando em sala de aula. 

A desta feita era uma sala de aula sem muita iluminaçâo, onde uma professora cujo rosto não era possível distinguir de forma nenhuma, aguardava a feitura das provas pelos alunos. Curioso: na sala de aula enorme, apenas eu estava cumprindo essa tarefa. 

A prova era de Geografia. Tinha apenas 5 questões. Todas muito fáceis, mas que eu não conseguia de jeito nenhum encontrar as respostas. 

Quando estou pensativo sobre como responder as questões, por trás da minha carteira adentra à sala Rita de Cássia (que eu a conheço como ouvinte de rádio em nossa dimensão), de passagem, coloca-me uma folha na mão, onde estão as respostas e sai. No final da prova, a assinatura dela. 

Lembro-me de tentar apagar o nome dela para colocar o meu e entregar a prova à professora mas isso é tarefa bastante dificil. Quanto mais apago, as letras reaparecem de forma quase mágica.

Acordo com a nítida imprenssão de que, no lado dos sonhos, eu deva ser aluno bem atrasadinho.

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Uma grande família do outro lado da Vida

Do outro lado do rio da Vida, convivi esta madrugada com uma família interessante. Ela atua nos programas sociais da nação inteira. Trabalha diuturnamente no acesso às vítimas de toda ordem. 

Seu Cícero e dona Célia compõem na dimensão do Espírito um casal tomado de extremada vocação pela feitura do Bem. Atendem a chamados de zonas purgatoriais próximas à Terra, onde almas recém saídas do corpo intermedeiam entre o sono e o despertar do novo tempo. 

Hoje, por exemplo, eles estavam se preparando para sair em missão que compreendia uma zona descrita, mas que não me lembro agora. Na sacola onde estavam objetos para viagem, eu mesmo tive oportunidade de ver uma peça de vestuário antigo - como das vestimentas romanas - que me deixava encantado ao tocá-la. 

Na despedida, eu me lembro ter dito que ia dar uma dica para que se fizesse uma matéria sobre eles dois, considerando que ali estava 'A Grande Família' de que fala o programa da tv brasileira.

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DOMINGO, 6 DE JULHO DE 2008

Nas ruas de luminosas pedras

Na cidade dos sonhos, por onde transito quando fora do corpo estou, há essências de luz circunavegando o ar. Nele, respiro o hálito das manhãs de outros dias, quando vestia-me um outro corpo e os lugares por onde andava sintonizavam outras ondas. 

Ontem, por exemplo, atravessei ruas de pedras encantadoramente belas. Luminosas, elas refletiam uma suave emanação de paz para os caminhantes que, por sua estrada, volitavam. 

Ouvi de longe, uma voz como a embalar um berço, emitindo notas de uma canção singela: 

"Há esperanças no ar.
Choro de criança no céu
Gente pequenina a nascer 
em busca do destino Ser

Em todo recanto ouvir 
todo esse canto de paz 
chegar a um novo tempo
sem mais contratempo"

No meio de tudo isso, o guia me aponta Juliana, 32 anos, que irá receber um menino que (ou aos 7 anos ou nos últimos 7 anos) deixou de ser. O pai por nascimento.

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Acima das Nuvens

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TERÇA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2008

Os doze pares de França

. Na cidade dos sonhos, limite entre o corpo e a região espiritual para onde todos nos destinamos depois da passagem terrena, encontro-me com o comandante Haroldo, com quem partilho amizade na 10ª Região Militar e no movimento dos militares espíritas. Fora da matéria, ele trabalha num projeto que objetiva recepcionar crianças que deixam a matéria antes de cumprirem até a etapa de vida adulta.

. É algo como uma creche-abrigo, que se especializou em receber as vítimas das tragédias na carne. Aprendi nas leituras esotéricas e espíritas, tratar-se dos endividados de outras visitas ao aparelho de carne.

. Há uma movimentação intensa na dimensão da Luz. Embora com serenidade, comitivas se mobilizam para a execução de tarefas importantes. Crianças estão sendo trazidas de um resgate coletivo e devem aclimatar-se ao padrão vibracional desse lado.

. O coordenador Haroldo explica a operação que está acabando de ocorrer com a chegada de várias crianças recém-nascidas e que, na Terra, na vigília, eu só viria a tomar conhecimento agora, no início da madrugada do dia 24 de junho, via Jornal da Globo.